A língua é o centro
da interação verbal dos seres vivos. É preciso valorizar o uso da língua nas
diversas situações sociais. Como profissionais da educação, não podemos
oferecer aos alunos conceitos e regras para memorizações, como o antigo modo
tradicionalista, pois as crianças precisam praticar o uso da língua para se
apropriar da escrita e da leitura. A escrita é a transformação do som em sinais
gráficos e a leitura é a decodificação gráfica do som.
O conceito de alfabetização foi ampliado
por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. Através dela, temos o conceito de que a
escrita não se reduz ao grafema e fonema (decodificação e codificação). Por
causa do analfabetismo funcional, começou-se a ouvir falar sobre letramento. Letramento
por sua vez, é o resultado de ler e escrever de forma cultural. Para ser um
alfabetizador, precisam-se conhecer alguns métodos (silábico, fônico e analítico).
Muito se fala na ideia construtivista, na
qual tem pontos positivos: amplia a concepção de letramento e utiliza uma
aprendizagem significativa da leitura e da escrita, mas também tem pontos
negativos: despreza o contexto social das crianças que vivem numa sociedade com
poucas oportunidades de recursos tecnológicos. Do mesmo modo, algumas práticas
e propostas pedagógicas em livros didáticos, não garantem o acesso da criança
ao sistema alfabético e convenções da escrita, limitando a ação do professor
com os alunos e gerando fracassos.
A alfabetização é um processo para
apropriação do sistema de escrita e leitura; letramento é o processo de inserção
e participação na cultura escrita, ambos diferentes, mas que se complementam,
por tanto indispensáveis.
Para se apropriar da língua escrita, as
crianças precisam compreender e valorizar a cultura escrita, ela precisa saber
que a escrita é importante para todas a áreas da escrita. O sistema de escrita
está ligado à leitura e produção de textos escritos, mas que se desenvolvem
através da oralidade.
O processo de alfabetização e letramento
deve ser sistemático, ou seja, trabalhado repetidamente, mas de formas
diferentes. O letramento não deve ser separado da alfabetização, deve-se
investir nos dois ao mesmo tempo. Precisamos entender que estamos inseridos em
uma cultura letrada (temos documentos, precisamos pagar as contas, há bulas de
remédios, jornais e televisão com notícias, livros para entretenimentos, rótulos
das compras, cartas do correio, etc). A maior parte das crianças da rede pública
não tem acesso aos diferentes gêneros de textos, por isso a escola deve apresentar
e proporcionar esse contato. Sem esquecer-se de valorizar o conhecimento prévio
do aluno, possibilitando novas descobertas.
Os alunos precisam desenvolver outras
aprendizagens quando entram na escola, por exemplo: saber segurar o lápis,
sentar-se corretamente, cuidar do material didático, desenvolver a coordenação
motora final. E acaba isso acarretando como papel do professor.
Atualmente, muitos professores encontram
dificuldades para avaliar. A pergunta é: como avaliar, de que forma avaliar? Mas
a questão é que, não é só a criança que tem que ser avaliada, mas os
professores, a escola, o ensino, o currículo...
O professor deve levar em conta vários
tipos de critérios que precisam para avaliar; por exemplo: a comunidade onde a
escola esta inserida, entro outros. A escola em si precisa através do Projeto
Político Pedagógico considerar as diferentes necessidades dos alunos e garantir
a aprendizagem das crianças através de projetos que auxiliem nesse processo.
Também é preciso que o professor buque se auto-avaliar para perceber no que ele
pode melhorar em relação aos seus alunos. Buscar principalmente a formação
continuada para conseguir se adaptar às mudanças constantes da sociedade que o
aluno está inserido.
Para avaliar, é importante conversar com
as crianças a fim de descobrir como andam as aulas, no que precisam melhorar, o
que as crianças gostam de fazer, etc. E principalmente verificar os resultados
das aprendizagens e procurar estratégias para melhorar a mediação, também buscar
atender as individualidades dos alunos apresentando instrumentos que favoreçam
a identificação em relação ao conteúdo.
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