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quinta-feira, 4 de julho de 2013

TEXTO REFLEXIVO EM GRUPO

Ao iniciar na escola, a criança espera aprender uma nova concepção da língua: ler e escrever irão juntar-se com todo o seu conhecimento prévio. Logo, ela percebe que a linguagem utilizada na escola confronta-se com sua bagagem cultural.
Na escola, o aluno é impossibilitado de agir e atuar do seu modo , sendo ele certo, errado, diferente, pois a mesma tem tudo pronto: livros e exercícios, que são criados de forma igual para todos os alunos, não levando em conta o nível de aprendizado de cada um.
O “certo” refere-se à forma escrita ortográfica correta, que a escola tenta ensinar; o errado difere-se do “certo”; e, o diferente, está ligado às variações linguísticas, ou seja, aos dialetos.
Cagliari (1998) ressalta que os alunos em fase de alfabetização deveriam utilizar o seu dialeto na escrita, facilitando, assim, o ensino das diferenças entre fala e escrita, explicando o porquê do uso da ortografia e, não perdendo sua identidade cultural.
O professor deve informar-se sobre os conhecimentos e a série de saberes já tidos pelo aluno, para que junto disso, aprenda novos conceitos, ampliando os mesmos e desenvolvendo-se. E na hora de avaliar, considerar, principalmente, o contexto social em que o aluno está inserido e, claro, todo o esforço e dedicação de cada um.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua própria produção ou sua construção.” (FREIRE, 1996, p. 52).


CAGLIARI, Luis Carlos. Alfabetização & Linguística. 10.ed. São Paulo:Scipione,1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 16. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

REFLEXÃO SOBRE AVALIAR NA ALFABETIZAÇÃO

O processo de avaliação é, para muitos professores, um momento de muita aflição. Aflição por não saberem como fazê-la sem que haja uma mera cobrança dos conteúdos aprendidos.
A avaliação tem um papel altamente significativo na educação, pois é através da mesma que os professores verificarão se os objetivos do ensino e aprendizagem foram alcançados pelos alunos. De acordo com Sant’anna (1995)


[...] avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou [...]. (p. 31, 32).



Sendo assim, durante todo o processo educativo, é importante que os professores alfabetizadores e a escola também sejam avaliados. O que dizer da contratação de professores desqualificados que, muitas vezes, não tem boa fundamentação teórica e didática e, atuam como professores alfabetizadores? E outros que não aprimoram seus conhecimentos e não procuram buscar novas alternativas para alfabetizar? De que modo podem avaliar o processo de alfabetização? Para Cagliari (1998)


O que está de fato por trás de toda essa história é a presença de uma grande número de professores alfabetizadores que nem sequer são capazes de avaliar o que veem diante de seus olhos, quer se trate de um “pacote” educacional, quer se trate de um aluno que não aprende o que ele ensina. (p. 33).


Erros gravíssimos são cometidos, que podem prejudicar toda a vida escolar do aluno.
A avaliação é um processo contínuo, feito dia após dia e, assim, revela-nos de forma clara e precisa a realidade da sala de aula, a subjetividade de cada aluno, assim como seu desenvolvimento ao longo do ano letivo. É necessário valorizar os alunos e seu conhecimentos prévios, uma vez que estes devem ser utilizados no processo de alfabetização.
Não é possível uma educação de qualidade sem professores de qualidade. Devemos acreditar em um processo de avaliação de aprendizagem mais eficaz, e tentar praticá-lo; melhorar a qualidade da educação, assim como a função pedagógica de mediar o ensino e aprendizagem da alfabetização.

REFERÊNCIAS
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba be bi bo bu. 1. ed. São Paulo: Scipione, 1998.
SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.