quinta-feira, 4 de julho de 2013

TEXTO REFLEXIVO EM GRUPO


A tarefa da escola não é apenas corrigir qual o certo e qual o errado, mas tentar estudar e explicar porque certas estruturas são consideradas erradas e porque outras são consideradas certas.
Muitas vezes os professores dão mais mérito aos alunos que aprendem mais fácil os conteúdos aplicados, do que os alunos que tem uma escrita incorreta, o certo e o errado dependem muito da região onde a língua é falada, o resto é a grafia incorreta.
Quando a escola elege que “Nós vamos” é o correto, e o aluno usa “Nóis Vai” em uma avaliação, por exemplo, ele será cobrado pelo padrão escolar. Mas ele estará errado não é porque utilizou “Nois vai”, é porque ele não usou o padrão escolar. É aí que reside a diferença entre o errado e o inadequado. O inadequado é quando o aluno tem consciência que já aprendeu que, naquele contexto, o uso é aquele e, no entanto, ele não usou o que foi ensinado para ele. O que é diferente de quando você diz que não se pode falar “Nois vai”, porque isso cria um silenciamento cultural e linguístico. É como se a escola dissesse para o aluno: eu só vou lhe escutar quando você disser: “Nós vamos”, porque “Nois vai” não é correto. Ideologicamente é um silenciamento: não me conte a sua história, não me conte quem você é, o que você faz. Assim, a escola apaga a oportunidade de conhecer o aluno e a sua história.
Segundo CAGLIARI

“No processo de alfabetização, a leitura precede a escrita. Na verdade, a escrita nem precisa ser ensinada se a pessoa souber ler. Para escrever, uma pessoa precisa, apenas, reproduzir graficamente o conhecimento que tem de leitura. Por outro lado, se uma pessoa não souber ler, o ato de escrever será simples cópia, sem significado.”

Um comentário:

  1. Vocês pontuaram muito bem a visão do autor, senti que faltou uma reflexão do grupo referente a essa visão.

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